imagem de konsi66
Uma vez agarrei-me a mim. É força que dói ter de ser forte assim.
É como ter um mundo de solidão lá fora onde tudo nos é estranho a toda a hora.
É dor que fecha a mão e a impede de se estender como se não houvesse um único rosto com olhos capazes de a reconhecer.
Quando as mãos têm apenas a própria carne para apertar o que apetece é esquecer o não ter e chorar.
É assim, o toque da pele, antes que o calor se perca e o corpo gele.
É assim, o abraço solitário, como um monólogo afectivo que se conversa com um diário.
Julguei que amei. E amei.
Ainda amo. É um afecto que, sempre que posso, o chamo.
Sempre amarei, isso eu sei. Pois a vida é isso e faz do meu querer submisso.
Amo o abraço que me ofereço.
É carinho que espanta o medo daquele pesadelo que nos acorda demasiado cedo. É segurança que não esqueço.
Uma vez, agarrei-me a mim, de unhas cravadas em tudo o que de mim tinha para me dar.
É quase bom abraçar sem esta necessidade. É quase bom, porque, sem esta necessidade, o abraço é apenas quase verdade.
É uma alma que quero abraçar. Um espírito livre, aprisionado em forma mundana que se deita comigo, na reclusão do seu lado da cama.
É um afecto que quero abraçar. É uma sensação de pouco encontrar apenas um corpo em seu lugar.
Se quero que o meu abraço seja cheio, abraço-me a mim sem ninguém pelo meio.
É como ter um mundo de solidão lá fora onde tudo nos é estranho a toda a hora.
É dor que fecha a mão e a impede de se estender como se não houvesse um único rosto com olhos capazes de a reconhecer.
Quando as mãos têm apenas a própria carne para apertar o que apetece é esquecer o não ter e chorar.
É assim, o toque da pele, antes que o calor se perca e o corpo gele.
É assim, o abraço solitário, como um monólogo afectivo que se conversa com um diário.
Julguei que amei. E amei.
Ainda amo. É um afecto que, sempre que posso, o chamo.
Sempre amarei, isso eu sei. Pois a vida é isso e faz do meu querer submisso.
Amo o abraço que me ofereço.
É carinho que espanta o medo daquele pesadelo que nos acorda demasiado cedo. É segurança que não esqueço.
Uma vez, agarrei-me a mim, de unhas cravadas em tudo o que de mim tinha para me dar.
É quase bom abraçar sem esta necessidade. É quase bom, porque, sem esta necessidade, o abraço é apenas quase verdade.
É uma alma que quero abraçar. Um espírito livre, aprisionado em forma mundana que se deita comigo, na reclusão do seu lado da cama.
É um afecto que quero abraçar. É uma sensação de pouco encontrar apenas um corpo em seu lugar.
Se quero que o meu abraço seja cheio, abraço-me a mim sem ninguém pelo meio.
17 comentários:
Um abraço para ti.
Um meu, apenas e simples, cheio.
Em que estás tu pelo meio.
beijito
nice to see you back :)
Bem... que texto maravilhoso! Sem comentário possível, mesmo que por muito imaginado. Adorei, aliás amei! Dassss caraças!
Chibata para ti também! (lol)
Logo lá em cima, fiquei a olhar para a conversa do Adão. Não cliquei na fonte! (Hehe)
Depois, li a questão e respondi automaticamente "eu". Quando li o post, vi que realmente tu também achavas que o pronome pessoal, na primeira pessoa do singular, seria a resposta à tua pergunta.
Baralhei-te?
(Respondendo à tua resposta:
- Ainda bem!)
Hehe
Gostei de ler aqui. Vou ler mais ali.
Fui
:)
Fada, cá estamos! :)
~
Bianca, entusiasmo é o que é preciso. :)
~
Eli, foste clara como a coisa mais clara que pode haver (que, como toda a gente sabe é...) :)
~
R., é isso mesmo. :)
(diacho! espetei para aqui com 4 :) no mesmo comentário... os :) devem estar em saldos, ou lá o que é)
"diacho"?!?!??!
Ahahahahaha
"Há séculos que não ouvia isto!!!"
:p
Acho que não estão em saldos, espero que seja a colecção da Primavera a chegar!!! :D
Beijito :)
Pois é... Não me sobra muitas opções... A maioria dos homens tem pelo menos um daqueles quisitos! Mas a esperança é a última que morre! Enquanto não encontro o homem "certo", vou experimentando os "errados"!
A propósito: belo texto rapaz! Se tiver tempo, leia isto
http://futurosamores.blogspot.com/2009/07/saudade-monstruosa-da-mao-invisivel.html
Beijinhos!
Aproveita e crava as unhas por mim, com muito amor e carinho :p
Ah! e volta sempre (estás perdoado)
Abraços para ti, de quem merece os teus.
"Se quero que o meu abraço seja cheio, abraço-me a mim sem ninguém pelo meio."
quando se abraça alguém, os corações quase se tocam.
eu diria "se quero que o abraço fique a meio, abraço-me a mim sem ninguém para deixa-lo cheio"
mas diria isto hoje, talvez não amanhã.
Fada, "diacho" é, na verdade, uma expressão machista (formada por uma espécie de aglutinação das palavras "dia" e "macho") que, numa interpretação livre, pode querer dizer que todos os dias pertencem ao Homem, tal como o mundo em geral. Uma vez que essa é ma mentalidade que vai ficando no passado, é natural que a expressão se vá perdendo nos séculos. (pronto, até pode não ser nada disto, mas é uma teoria interessante). :D
~
[Priscila], és, obviamente, uma pragmática. ;)
~
Alice, cada um que crave as suas unhas por si que, assim, sabe melhor até onde ir.
Ah! Que bom saber que estou perdoado (do que quer que seja)! :D
~
Samica, também gosto da tua rima. É uma das muitas interpretações dependentes das circunstâncias. Mas, na parte em que dizes "quando se abraça alguém, os corações quase se tocam", a frase deveria começar por: "em raras ocasiões..." :)
Ficava bem qualquer coisa de intelectual neste comentário. Encontro-me ainda em muda. De espanto e falta-me o numero de algum intelectual a quem não faltem as palavras depois de te ler.
Isso tudo?! :)
Diacho não é nada disso, mas sim, é de facto uma teoria interessantíssima!!! :D
E hoje usei a expressão "esgromilado", que é uma das minhas expressões inventadas favoritas: dou-te um doce se adivinhares o que quer dizer (pronto, talvez não te dê um doce, mas dou-te um mimo ou qualquer coisa assim em jeito de prémio... :p)
E na verdade, vim aqui porque olhei com mais atenção para esta foto e acho que a pessoa tem as costas mais tortinhas que eu já vi (e olha que eu já vi muitas!!!) e decidi vir partilhar a minha opinião acerca da coluna em causa.
Pronto.
:p
Beijo :)
Hah! Muito esperta que tu és... se "esgromilado" é uma expressão inventada (não catalogada oficialmente), então, até pode ser um elemento da chave dicotómica para identificar coisas desde organismos unicelulares até organismos complexos com cérebros que, por sua vez, são unicelulares. É um mundo inteiro de possibilidades. :)
Quanto às costas tortas, quem as tem impecavelmente direitas que destroce a primeira vértebra com uma pedrada (ou algo do género... sei lá, parece-me que o provérbio está na Bíblia, ou isso).
É um mundo inteiro de possibilidades, sim, e gostei do ser unicelular com cérebro... Assim, todo o ser seria um cérebro... Huummmm
Conheço organismos multicelulares bípedes acéfalos, mas acho que não conheço nenhum cérebro unicelular... O mais parecido, provavelmente, é o verdadeiro topo da cadeia alimentar, mas creio nem serem considerados unicelulares... Serão "acelulares"? :D
Dou-te uma pista, que é a frase em que a usei:
"E depois estás tão esgromilado de fome que o teu estômago absorve tudo o que apanhar a jeito!"
Serve?... :p
Parece-te, mas não é esse, é um parecido, por isso apenas te parece, pois... :p
(As costas não se querem impecavelmente direitas, querem-se correctamente curvas... ;p )
PS - "Destroce" ou "destorce"? (Sim, estou armada em espertinha, é da idade... :p)
Que é...?
:)
Fada, é "destroce" ou "destorce" consoante o contexto.
(e umas costas correctamente curvas são umas costas "direitas") :)
--
Eli, é. (parece-me bastante óbvio) :)
FAQ(er):
Então sendo "direitas", não são, de facto direitas. ;)
:D
BOM DIAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!
Enviar um comentário