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Os nossos escritores estão a morrer.
E agora, como vai ser?
O mundo fica mais triste a cada morte que assiste.
Fica pobre de ideias. As palavras que ficam rasgam-se contra as rochas, como barcos atraídos pelo canto das sereias.
Os novos escritores sabem escrever?
Tiveram tempo de crescer?
Oh, e agora, como vai ser?
Deixarei de ler?
Espero que não.
Espero que haja sempre uma nova letra para outra canção.
Espero que sim.
Que alguém continue a escrever novas palavras para mim.
Mesmo que eu não queira ler é bom saber que outros continuam a escrever.
A viver o seu tempo. A fazer o seu mundo e o dos outros. A esboçar sorrisos e a aceitar o choro. A inventar aquela criança com voz de anjo que fica na frente do coro.
Ser escritor é viver dentro de um coração sofredor. Não tem de ser uma vida sofrida. Apenas vivida. Escrever é fácil. Aprende-se na escola, ainda em tenra idade. Mas ser escritor... muitos dizem que são, e isso é uma grande maldade.
Mas esses não interessam. São vendedores de papel. Tanto lhes faz escrever sobre como é doce o mel ou como é amargo o fel. Esses são os que fazem com que se recordem os bons escritores e se sinta saudade. Escrever sobre um ponto final e conseguir que se leia ali o encontro de todo o bem e o mal, isso sim, é a marca de um escritor de verdade.
Os nossos escritores estão a morrer.
E agora, como vai ser?
O mundo fica mais triste a cada morte que assiste.
Fica pobre de ideias. As palavras que ficam rasgam-se contra as rochas, como barcos atraídos pelo canto das sereias.
Os novos escritores sabem escrever?
Tiveram tempo de crescer?
Oh, e agora, como vai ser?
Deixarei de ler?
Espero que não.
Espero que haja sempre uma nova letra para outra canção.
Espero que sim.
Que alguém continue a escrever novas palavras para mim.
Mesmo que eu não queira ler é bom saber que outros continuam a escrever.
A viver o seu tempo. A fazer o seu mundo e o dos outros. A esboçar sorrisos e a aceitar o choro. A inventar aquela criança com voz de anjo que fica na frente do coro.
Ser escritor é viver dentro de um coração sofredor. Não tem de ser uma vida sofrida. Apenas vivida. Escrever é fácil. Aprende-se na escola, ainda em tenra idade. Mas ser escritor... muitos dizem que são, e isso é uma grande maldade.
Mas esses não interessam. São vendedores de papel. Tanto lhes faz escrever sobre como é doce o mel ou como é amargo o fel. Esses são os que fazem com que se recordem os bons escritores e se sinta saudade. Escrever sobre um ponto final e conseguir que se leia ali o encontro de todo o bem e o mal, isso sim, é a marca de um escritor de verdade.
6 comentários:
Não.
"Ser escritor é viver dentro de um coração sofredor."
É? Não creio, não posso crer!
Gosto muito da tua escrita e pouco me importa se escritor és ou serás.
Não será escritor aquele que pelo menos tenta escrever?
Tu cativas nas linhas que desenhas, e isso sim é importante.
Beijo
Fada, ainda bem que acreditas.
--
Bianca, o coração sofredor não tem de ser o do escritor. Nem sempre cada um vive dentro do seu próprio coração.
Sabes, "beijo" é daquelas palavras que, mesmo sozinhas, fazem poemas (as pessoas imaginam o resto dos versos).
Mas quem falou em Fé?
Eu não (pelo menos em fé com maiúscula... não gosto da conotação que lhe é dada).
E se for FÉ? Ou fé? Ou dita noutra língua qualquer, ou escrita de outra forma, deixará de ser o que é?
E se não for uma questão de "acreditar"?
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