Não te toquei no cabelo.
Os meus dedos ficaram longe, invisíveis. A uma cobardia de distância. A desejar toques impossíveis como se deseja o regresso à infância.
Não foi justo. A minha ausência apanhou-te de susto.
Ficaste ali, sentada a olhar para o futuro. À espera de mim. Como se a vida estivesse já ali, mas do outro lado do muro.
Agora estou aqui. Eu sei. Mas nessa altura não vim. Ainda não me perdoei.
Foi um medo estranho que não me deixou andar. Não sei explicar.
Tudo mete medo quando a vida acontece demasiado cedo e nada anda devagar.
E quando tudo acontece demasiado tarde?
Se a espera for longa o fogo ainda se mantém? A chama ainda arde?
E se ninguém espera por ninguém?
Esperar de verdade. Com a força da saudade.
Se ninguém espera assim, compreendo porque não esperaste por mim.
Mas se essa espera existe, agora estou aqui com um querer que não desiste.
Vou esperar, sentado no mesmo baloiço partido.
Um baloiço partido é um lugar avariado, onde algo aconteceu de modo errado.
Este lugar avariou-se com um desencontro.
Faz tempo que tu partiste.
Faz tempo que eu estou aqui sentado.
Eu sei que no início sorriste no vaivém deste lugar.
Mas fico triste por saber que, quando partiste, foste embora a chorar.
O tempo não obedece à vontade de emendar os erros cometidos.
As tentativas apenas aumentam os dias perdidos.
Olha, neste baloiço há lugar para dois.
Eu sei que está partido, mas pensamos nisso depois.
Os meus dedos ficaram longe, invisíveis. A uma cobardia de distância. A desejar toques impossíveis como se deseja o regresso à infância.
Não foi justo. A minha ausência apanhou-te de susto.
Ficaste ali, sentada a olhar para o futuro. À espera de mim. Como se a vida estivesse já ali, mas do outro lado do muro.
Agora estou aqui. Eu sei. Mas nessa altura não vim. Ainda não me perdoei.
Foi um medo estranho que não me deixou andar. Não sei explicar.
Tudo mete medo quando a vida acontece demasiado cedo e nada anda devagar.
E quando tudo acontece demasiado tarde?
Se a espera for longa o fogo ainda se mantém? A chama ainda arde?
E se ninguém espera por ninguém?
Esperar de verdade. Com a força da saudade.
Se ninguém espera assim, compreendo porque não esperaste por mim.
Mas se essa espera existe, agora estou aqui com um querer que não desiste.
Vou esperar, sentado no mesmo baloiço partido.
Um baloiço partido é um lugar avariado, onde algo aconteceu de modo errado.
Este lugar avariou-se com um desencontro.
Faz tempo que tu partiste.
Faz tempo que eu estou aqui sentado.
Eu sei que no início sorriste no vaivém deste lugar.
Mas fico triste por saber que, quando partiste, foste embora a chorar.
O tempo não obedece à vontade de emendar os erros cometidos.
As tentativas apenas aumentam os dias perdidos.
Olha, neste baloiço há lugar para dois.
Eu sei que está partido, mas pensamos nisso depois.
4 comentários:
Esperar por quem não vem, cansa.
Dói menos a espera, que a falta de esperança.
Esperar por quem?
Por alguém, por ninguém.
Esperar apenas, para dar tempo do Sol nascer e a Vida acontecer.
Porque, por vezes, esperar é apenas parar.
Parar para sentir (o Presente) e respirar (o que se sente).
Beijo
Paaah, não tenho perguntas para te fazer...
Mas posso dizer que gostei bastante deste post. Toca me de forma especial :)
Beijinho*
Fada, umas vezes, esperar é perder, outras vezes, é vencer. Outras, ainda, é outra coisa qualquer.
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DoceSussurro, isto é como o horóscopo; há sempre alguém que faz paralelismos com aquilo que sabe. :)
O que é, para ti?
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